A losartana é um remédio indicado principalmente para tratar pressão alta e insuficiência cardíaca, porque promove a dilatação dos vasos sanguíneos, facilitando a circulação do sangue, o que diminui a pressão nas artérias e melhora o funcionamento do coração, reduzindo o risco de complicações, como infarto ou derrame, por exemplo.
De acordo com o objetivo do tratamento, o médico pode indicar a dose mais adequada de losartana, bem como o tempo de tratamento, sendo também levado em consideração a idade da pessoa e o uso de outros medicamentos.
Conhecida também como losartana potássica, esse remédio deve ser usado apenas com indicação médica e seu uso não deve ser interrompido ou substituído por outro remédio sem orientação médica, pois parar o tratamento da pressão alta ou da insuficiência cardíaca pode causar riscos para a saúde, como infarto, derrame ou insuficiência renal.
Para que serve
A losartana pode ser indicada pelo cardiologista nas seguintes situações:
- Tratar a pressão alta (hipertensão);
- Diminuir o risco de doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto em pessoas que possuem pressão alta e hipertrofia ventricular esquerda;
- Tratar a insuficiência cardíaca;
- Proteger os rins e retardar o avanço da doença renal em pessoas com diabetes do tipo 2 e proteinúria.
A losartana potássica ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e melhorar a circulação de sangue, porque inibe a ação da angiotensina, uma enzima que causa a contração dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial. Em algumas situações, a losartana pode ser associada a outros medicamentos para atingir os objetivos do tratamento e promover a qualidade de vida da pessoa.
A losartana pode causar câncer?
Recentemente, a ANVISA emitiu um alerta [1]para a presença de níveis elevados de impurezas na composição da losartana, chamadas nitrosaminas, que potencialmente podem provocar câncer a longo prazo. Desta forma, os laboratórios fabricantes da losartana, receberam uma notificação para avaliar a presença de níveis elevados dessas substâncias nos comprimidos de losartana.
No entanto, alguns fabricantes do medicamento [2]afirmam que o risco dessas impurezas causarem câncer ainda é desconhecido, não existindo dados suficientes que mostrem que a losartana tenha causado alguma mudança na frequência ou natureza dos efeitos indesejados como câncer, doenças congênitas ou problemas na fertilidade.
É importante lembrar que o tratamento com a losartana não deve ser interrompido sem orientação médica, pois também pode ter efeitos graves para a saúde, como infarto ou derrame. Assim, o ideal é fazer uma consulta de revisão com o médico que receitou o uso do medicamento, para avaliar a possibilidade de trocar por outro medicamento.
Como tomar
A losartana deve ser tomada por via oral, com um copo de água, antes ou após as refeições. Geralmente, este remédio é ingerido pela manhã, mas pode ser utilizado em qualquer hora do dia, pois mantém sua ação por 24 horas.
As doses recomendadas devem ser orientadas por um clínico geral ou cardiologista, pois varia de acordo com o objetivo do tratamento, os sintomas apresentados pela pessoa, a idade, outros remédios que estejam sendo utilizados e a resposta do organismo ao medicamento.
As orientações gerais para o uso da losartana são:
- Pressão alta: normalmente é aconselhada a ingestão de 50 mg, uma vez por dia, podendo a dose ser aumentada pelo médico até 100 mg, uma vez por dia;
- Insuficiência cardíaca: a dose inicial normalmente recomendada é de 12,5 mg, uma vez por dia, porém pode ser aumentada para até 50 mg, uma vez por dia, ao longo das semanas de acordo com a orientação do médico;
- Redução do risco de doença cardiovascular em pessoas com hipertensão e hipertrofia ventricular esquerda: a dose inicial é de 50 mg, uma vez ao dia, que pode ser aumentada para 100 mg por dia, ou associada à hidroclorotiazida, com base na resposta da pessoa à dose inicial;
- Proteção renal em pessoas com diabetes tipo 2 e proteinúria: a dose inicial é de 50 mg ao dia, que pode ser aumentada pelo médico para 100 mg, com base na resposta da pressão arterial à dosagem inicial.
A losartana pode demorar de 3 a 6 semanas de uso para ter o efeito anti-hipertensivo máximo, e seu uso não deve ser interrompido por conta própria e sem orientação do médico.
Além disso, as alterações nas doses da losartana devem ser feitas somente se indicadas pelo médico.
Possíveis efeitos colaterais
Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com losartana incluem tontura, diminuição da pressão arterial, dor de cabeça, alteração dos batimentos cardíacos, dificuldade para respirar, cansaço excessivo, pressão arterial baixa ao se levantar, hipoglicemia e vertigens.
A losartana emagrece ou engorda?
A losartana não engorda, no entanto, em raros casos pode aumentar a retenção de líquidos de forma localizada, o que pode dar a sensação de ganho de peso corporal. No entanto, o medicamento não favorece o ganho de gordura e, por isso, não engorda.
A losartana pode causar, raramente, náuseas ou perda de apetite, podendo promover uma leve perda de peso em algumas pessoas. Entretanto, não existem comprovações de que o uso de losartana favoreça o emagrecimento, e não deve ser usada com esse objetivo.
É importante que a losartana seja utilizada com acompanhamento médico, de forma que possam ser identificados efeitos colaterais e avaliado a causa de variações do peso corporal.
Quem não deve tomar
A losartana potássica não é indicada para pessoas com alergia à substância ativa ou a qualquer componente presente na fórmula.
Além disso, este remédio não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou amamentando, pessoas com problemas no fígado e rins ou que estejam a fazer tratamento com remédios que contêm alisquireno.